segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Preto Ghóez


Natural de São Luís, Márcio Vicente Góis ficou mais conhecido como Preto Ghoéz. Passou sua infância na periferia e catou muito caranguejo nos mangues da capital. Viveu na pele como é passar por uma instituição de reparação para menores infratores, oportunidade que fortaleceu sua veia artística na área musical, com forte tendência para o Hip Hop, influenciado diretamente pelas letras das músicas dos Racionais MC e pela biografia de Malcolm X.
Dentro do Hip Hop, militou por oito anos, a partir de 1993, no grupo Quilombo Urbano, de São Luís, uma das organizações mais politizadas e atuantes do movimento, e fez parte de vários outros grupos, como o Skina e o Milícia Neopalmarina. Foi um dos vocalistas do Clã Nordestino, que com o CD A peste negra do Nordeste, recebeu o "Prêmio Hutus" de Hip Hop na categoria revelação (o prêmio é considerado o maior do gênero na América Latina e elege os melhores do Hip Hop Nacional).
Poeta e rapper, como militante foi um dos líderes do Movimento Hip Hop Organizado do Brasil (MHHOB), uma das organizações nacionais do setor. Foi também um dos idealizadores, em parceria com o Ministério da Cultura, do projeto "Fome de Livro na Quebrada" – que visa fomentar e fortalecer a cultura nacional e regional do Hip Hop através da sala de leitura --, implantado em outubro de 2004 em oito cidades brasileiras.
Três meses ante de falecer, Ghoéz passou a integrava um grupo de trabalho destinado a desenvolver parcerias entre ações do governo e o movimento Hip-Hop. O grupo foi criado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo composto de representantes do movimento Hip-Hop de todo o país, além de membros do governo.
Preto Ghoéz faleceu aos 32 anos, vítima de acidente de carro no dia 9 de setembro de 2004, em Santa Catarina

Fonte: Ministério da Cultura

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